Quebec e Montreal: o mix perfeito entre França e América do Norte

6 de março de 2024
Quebec e Montreal: o mix perfeito entre França e América do Norte

Com uma grande influência francesa que lhes confere um charme especial, as cidades canandenses de Montreal e Quebec merecem, e muito, ser exploradas, costumando ambas superar todas as expectativas dos visitantes.

Com o segundo maior território do planeta, o Canadá é rico não só em aspectos geográficos como também culturais. Sua história está ligada aos colonizadores da França e da Inglaterra, motivo por que as culturas desses países são as dominantes por lá, assim como a dos Estados Unidos, pela vizinhança.

© Stéphan Poulin | Montreal

"O Canadá é uma mistura da ordem e organização norte-americana com o charme europeu”, define Mariana Tasca. Publicitária, designer e doutora em Filosofia, ela mora há 5 anos em Ottawa, a capital canadense, onde os idiomas oficiais são o inglês e o francês.
Também bilíngues e localizadas no leste do país, separadas entre si por somente 250 km, Quebec e Montreal têm, ambas, forte presença da cultura francesa nos costumes, na arquitetura, nas artes e na gastronomia. "No lado franco-canadense tem essa delícia de culinária francesa, então os pratos típicos e os doces da França estão todos lá", conta Mariana.

© Arquivo Pessoal | Mariana Tasca

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Quebec City: quase um vilarejo francês

Na pitoresca Quebec City, capital da província do mesmo nome, a língua francesa é dominante e a vibe é mais europeia. É menor e mais "instagramável" do que Montreal, com uma incrível cidade velha cercada por fortificações do século 17, vários locais históricos e museus. Na parte alta, impera o cartão-postal da cidade e Patrimônio Mundial pela Unesco: o Château Frontenac (hotel da rede Fairmont com arquitetura de um velho forte). É lá que fica também o Terrasse Dufferin, calçadão de onde se avista a parte baixa da cidade e o Quartier Petit Champlain. Nele você se sente transportado para um autêntico vilarejo francês de ruelas de paralelepípedos, prédios de pedra com janelas enfeitadas e persianas coloridas, cestas de flores, cafés nas calçadas e os inconfundíveis ​bistrôs. Há nesta área ótimas opções gastronômicas e butiques.

© Emmanuel Coveney | Quebec City

Às margens do rio St. Lawrence fica o Marché du Vieux-Port, tradicional mercado central, com as lembrancinhas e a gastronomia local. E um pouco mais para fora da parte central há refúgios naturais como o Battlefield Park, palco de uma importante batalha pelo domínio da região e hoje destino para relaxar em seus imensos gramados – além das belas Cataratas de Montmorency, com quedas d’água de 83 metros.

Montreal: a eclética

Se Quebec é menor, mais uniforme e fácil de percorrer a pé, Montreal é composta de um vasto e intrigante amálgama de bairros que requer transporte para ser explorado. Maior cidade da província de Quebec e segunda maior do país, Montreal seduz por ser agitada e cosmopolita.
Localizada numa ilha em pleno rio St. Lawrence, tem ela também sua cidade velha, ruazinhas de paralelepípedos e construções antigas. Esta bela área, construída antes de 1600, definitivamente dá os ares de Paris.

Na porção mais moderna e movimentada da cidade há o Downtown Montreal, com seus arranha-céus; uma simpática Little Italy; e os bairros mais descolados e excêntricos, dos quais se destacam três: Mont-Royal, considerado a quintessência de Montreal, Mile End, antiga zona industrial ressignificada, hoje multicultural e artística, e Plateau, mais boêmia e hipster.

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© Eva Blue | Montreal

Os gramados, parques, lojas e restaurantes do Vieux-Port convidam para finalizar o dia. Ali, no inverno patina-se no gelo, e nos 12 meses do ano é esse o local para curtir exposições, apresentações de artistas de rua e feiras. Há ainda o Jardim Botânico e o Complexo Olímpico construído para os Jogos de 1976. Montreal tem sua cidade subterrânea, Réso, ótima opção para escapar do inverno rigoroso, com temperaturas que vão de -6 °C a -13 °C e neve constante. Também conhecida como cidade interna, é o maior complexo urbano subterrâneo do mundo.

© Lauréne Tinel | Montreal

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Organização e gentileza são a regra

Não é simples descrever o Canadá. A cultura franco-canadense contribuiu decisivamente para fazer do país um destino súper vibrante, único e altamente atrativo, que mescla o melhor da América do Norte e da Europa. O país continua com sua política de atração de imigrantes, para suprir a alta demanda por mão de obra, o que faz dele uma das nações mais inclusivas do mundo.

© Steven D'Avignon | Quebec City

Mas nada disso interfere na organização que é peculiar aos canadenses. "Desde crianças, as pessoas aqui já têm uma espécie de organização mental para planejar o seu dia em função do clima tão hostil". É isso, na opinião de Mariana, que torna o canadense tão organizado. E o melhor, completa ela: "É a sociedade mais gentil que eu já vi".

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Esse conteúdo faz parte da revista do Point da Neve – Edição 7.